<font color=0093dd>Eleger mais deputados para mudar o País</font>
O auditório da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa transbordou na apresentação dos candidatos da CDU pelo distrito, na tarde de sábado. Cerca de 1200 pessoas participaram na iniciativa e aplaudiram os 53 candidatos.
Esta é «uma lista construída por diversos saberes e experiências»
«Temos de os eleger», comentava uma jovem militante da JCP. «Nas últimas eleições, elegemos quatro deputados, mas desta vez tem de ser mais. Só com os candidatos da CDU é que conseguimos mudar este país», acrescentava. Na Faculdade de Ciências, as conversas concentravam-se na pré-campanha, no entusiasmo sentido por todos nas iniciativas, pelo apoio demonstrado ao PCP e a’«Os Verdes» e nas próximas acções, desde as bancas nas feiras aos debates, sem esquecer as distribuições, os comícios, os jantares de apoio e as distribuições de propaganda. E, claro, na emissão da primeira metade da série «Até Amanhã, Camaradas», na véspera.
O comício iniciou-se fora do auditório, com uma pequena e animada representação teatral. Várias personagens tipo, trabalhadores de diversas profissões, cantava em apoio à CDU. «Já ganhou!», diziam em coro. Lá dentro, depois do concentro do Lado B, uma banda de versões de música portuguesa, Fernando Tavares Marques declamou três poemas de Armindo Rodrigues, Carlos Aboim Inglez e da sua autoria. Palavras de luta, palavras de força, palavras justas, que impulsionam a causa comunista, a razão que leva milhares de pessoas a participar activamente numa campanha em condições difíceis, usando os nossos argumentos em todas as oportunidades e mostrando o sentido que fazem no contexto actual.
Bandeiras vermelhas, azuis, verdes e brancas da CDU receberam Rosa Rabiais, da Comissão Política do PCP, e os 53 candidatos da coligação, efectivos e suplentes, que apresentou e chamou ao palco. Como afirmou a dirigente comunistas, trata-se de «uma lista construída por diversos saberes e experiências», com diversos representantes de movimentos associativos e sociais, nomeadamente agricultores, reformados e investigadores científicos.
«O facto de 38 por cento da lista ser composta por mulheres honra-nos pelo número e pela qualidade», comentou Rosa Rabiais. «Estão programadas centenas de iniciativas só no distrito, sessões de esclarecimento, arruadas, jantares, comícios...», lembrou, referindo ainda a importância da presença de delegados do PCP nas mesas de voto «contra as chapeladas na contagem dos votos e no seu registo nas actas».
«Para defender o País»
Na sua intervenção, Herberto Goulard, membro da Comissão Directiva da Intervenção Democrática, afirmou que o grande objectivo nestas eleições é alcançar uma grande votação na CDU. «O grande entusiasmo e a confiança dos militantes e activistas são um bom indício dos bons resultados eleitorais a 20 de Fevereiro», comentou.
«Vivemos uma crise profunda em todos os planos: a recessão económica, a estagnação da produção, o País está dependente do estrangeiro, a balança comercial cada vez mais desequilibrada, os salários e as reformas são baixos, a mancha de pobreza aumenta, as prestações do Estado degradam-se», referiu.
«Verifica-se ainda um descrédito nas instituições políticas e judiciais e um grave compadrio entre o poder político e económico», declarou Herberto Goulard. «Mas esta situação não é uma fatalidade. Os responsáveis são os que se têm alternado no poder e a causa é a política de direita. Propomos uma nova política com medidas realistas para fazer crescer o consumo interno, melhorar a produtividade nacional e aumentar a intervenção directa do Estado nas actividades económicas.»
O dirigente da ID salientou ainda que «nada supera o contacto pessoal. Não vale a pena lutar? É pela contestação que temos defendido as conquistas de Abril e foi com a luta que se conseguiu a dissolução do Parlamento. Os partidos são todos iguais? Não se pode comparar os activistas da CDU com os do PS ou do PSD. Estamos na luta não para nos beneficiarmos, mas para defender o povo e o País.»
Francisco Madeira Lopes, d’«Os Verdes»
Um projecto alternativo
«No clima de desânimo que o País atravessa, o projecto da CDU releva-se ainda mais consistente e necessário, verdadeiramente alternativo. Precisamos de uma real mudança para melhor. Cabe a todos levar as nossas ideias e propostas para a rua e explicar por que é que a sua aplicação é fundamental para o País: porque cumprimos os compromissos assumidos, porque apresentamos mais propostas na Assembleia da República do que os grupos parlamentares do PSD e do PS, porque conhecemos os problemas e os resolvemos, porque garantimos que a política nacional vai voltar à esquerda», afirmou durante o comício Francisco Madeira Lopes, membro do Conselho Nacioanl d’«Os Verdes» e quarto candidato na lista de Lisboa.
Questões como a independência energética, a não mercantilização da educação, os transportes públicos e o respeito pelo Protocolo de Quioto foram apontadas como prioritárias por Francisco Madeira Lopes. «O maior inimigo do PS e do PSD são eles próprias, as suas políticas e o descontentamento que geram. Mas eles são, sim, o maior amigo abstenção, descredibilizando o sistema político. O PSD é um partido autista e o PS quer mostrar-se diferente, com maquilhagens. A verdade é que o País não está condenado à bipolarização. Agora vamos ao trabalho», concluiu o candidato.
O comício iniciou-se fora do auditório, com uma pequena e animada representação teatral. Várias personagens tipo, trabalhadores de diversas profissões, cantava em apoio à CDU. «Já ganhou!», diziam em coro. Lá dentro, depois do concentro do Lado B, uma banda de versões de música portuguesa, Fernando Tavares Marques declamou três poemas de Armindo Rodrigues, Carlos Aboim Inglez e da sua autoria. Palavras de luta, palavras de força, palavras justas, que impulsionam a causa comunista, a razão que leva milhares de pessoas a participar activamente numa campanha em condições difíceis, usando os nossos argumentos em todas as oportunidades e mostrando o sentido que fazem no contexto actual.
Bandeiras vermelhas, azuis, verdes e brancas da CDU receberam Rosa Rabiais, da Comissão Política do PCP, e os 53 candidatos da coligação, efectivos e suplentes, que apresentou e chamou ao palco. Como afirmou a dirigente comunistas, trata-se de «uma lista construída por diversos saberes e experiências», com diversos representantes de movimentos associativos e sociais, nomeadamente agricultores, reformados e investigadores científicos.
«O facto de 38 por cento da lista ser composta por mulheres honra-nos pelo número e pela qualidade», comentou Rosa Rabiais. «Estão programadas centenas de iniciativas só no distrito, sessões de esclarecimento, arruadas, jantares, comícios...», lembrou, referindo ainda a importância da presença de delegados do PCP nas mesas de voto «contra as chapeladas na contagem dos votos e no seu registo nas actas».
«Para defender o País»
Na sua intervenção, Herberto Goulard, membro da Comissão Directiva da Intervenção Democrática, afirmou que o grande objectivo nestas eleições é alcançar uma grande votação na CDU. «O grande entusiasmo e a confiança dos militantes e activistas são um bom indício dos bons resultados eleitorais a 20 de Fevereiro», comentou.
«Vivemos uma crise profunda em todos os planos: a recessão económica, a estagnação da produção, o País está dependente do estrangeiro, a balança comercial cada vez mais desequilibrada, os salários e as reformas são baixos, a mancha de pobreza aumenta, as prestações do Estado degradam-se», referiu.
«Verifica-se ainda um descrédito nas instituições políticas e judiciais e um grave compadrio entre o poder político e económico», declarou Herberto Goulard. «Mas esta situação não é uma fatalidade. Os responsáveis são os que se têm alternado no poder e a causa é a política de direita. Propomos uma nova política com medidas realistas para fazer crescer o consumo interno, melhorar a produtividade nacional e aumentar a intervenção directa do Estado nas actividades económicas.»
O dirigente da ID salientou ainda que «nada supera o contacto pessoal. Não vale a pena lutar? É pela contestação que temos defendido as conquistas de Abril e foi com a luta que se conseguiu a dissolução do Parlamento. Os partidos são todos iguais? Não se pode comparar os activistas da CDU com os do PS ou do PSD. Estamos na luta não para nos beneficiarmos, mas para defender o povo e o País.»
Francisco Madeira Lopes, d’«Os Verdes»
Um projecto alternativo
«No clima de desânimo que o País atravessa, o projecto da CDU releva-se ainda mais consistente e necessário, verdadeiramente alternativo. Precisamos de uma real mudança para melhor. Cabe a todos levar as nossas ideias e propostas para a rua e explicar por que é que a sua aplicação é fundamental para o País: porque cumprimos os compromissos assumidos, porque apresentamos mais propostas na Assembleia da República do que os grupos parlamentares do PSD e do PS, porque conhecemos os problemas e os resolvemos, porque garantimos que a política nacional vai voltar à esquerda», afirmou durante o comício Francisco Madeira Lopes, membro do Conselho Nacioanl d’«Os Verdes» e quarto candidato na lista de Lisboa.
Questões como a independência energética, a não mercantilização da educação, os transportes públicos e o respeito pelo Protocolo de Quioto foram apontadas como prioritárias por Francisco Madeira Lopes. «O maior inimigo do PS e do PSD são eles próprias, as suas políticas e o descontentamento que geram. Mas eles são, sim, o maior amigo abstenção, descredibilizando o sistema político. O PSD é um partido autista e o PS quer mostrar-se diferente, com maquilhagens. A verdade é que o País não está condenado à bipolarização. Agora vamos ao trabalho», concluiu o candidato.